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domingo, 8 de abril de 2012

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Em um estudo publicado na edição de julho de 2007 da Analytical Chemistry, cientistas da Purdue University detalharam o uso das nanopartículas de ouro para detectar o câncer de mama. Seu trabalho, junto com estudos semelhantes em outras universidades, tem a capacidade de mudar radicalmente a detecção do câncer de mama.
O procedimento funciona identificando-se as proteínas encontradas na parte externa das células do câncer. Os diferentes tipos de câncer possuem diferentes proteínas em suas superfícies, que servem como marcadores exclusivos. Os nanobastões, nanopartículas de ouro em forma de bastões, utilizam anticorpos especializados para se prenderem aos marcadores de proteína para o câncer de mama, ou para outro tipo de câncer. Depois que os nanobastões prendem-se às proteínas em uma amostra de sangue, os cientistas examinam a forma como eles dispersam a luz. Cada combinação proteína-nanobastão dispersa a luz de uma única maneira, permitindo diagnósticos precisos.
O uso de nanopartículas de ouro não é novo para esse estudo. Essas partículas minúsculas – seriam necessárias 500 delas para preencher a largura de um fio de cabelo – são particularmente adequadas para detectar toxinas, patógenos e cânceres, além de serem objeto de vários experimentos. Os cientistas da Purdue usaram nanobastões capazes de se prender a três tipos de marcadores de câncer de mama, com dois deles identificando como o câncer é invasivo. O pesquisador chefe do estudo, Joseph Irudayaraji, disse que esses nanobastões poderiam, um dia, fazer parte de um teste muito mais completo, ligando-se a até 15 marcadores únicos.
O uso de nanobastões reduz o custo do diagnóstico em dois-terços, se comparado ao método semelhante de citometria de fluxo, em que marcadores fluorescentes se ligam às células do câncer. A citometria de fluxo requer um tamanho de amostra maior com milhares de vezes mais células do que o necessário para os nanobastões, o que significa que os nanobastões são capazes de ajudar a determinar o diagnóstico mais cedo. Os nanobastões provam ser muito menos invasivos do que alguns outros métodos, pois utilizam amostras sangüíneas e não requerem biopsia. Parte da economia dos custos deve-se à capacidade de os cientistas usarem um microscópio e uma fonte de luz convencionais para visualizarem as amostras, ao contrário de outros métodos, que empregam microscópios caríssimos ou lasers.
Em um estudo diferente, o dr. Irudayaraj mostrou que os nanobastões de ouro poderiam ser usados para detectar as células-tronco do câncer. A descoberta é particularmente valiosa, pois as células-tronco do câncer provocam o crescimento descontrolado, o que torna os tumores malignos tão fatais.
Além de fazerem parte de testes exaustivos que podem detectar precocemente o câncer, as nanopartículas também podem formar a base de futuros tratamentos contra a doença. Os lasers que reagem com as nanopartículas de ouro poderiam ser usados para destruir as células do câncer. Ou, as nanopartículas poderiam ser utilizadas como sistemas dirigidos de liberação de medicamentos.
Fontes: BBC News / Physorg / howstuffworks.com

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